Para dar voz e contribuir com as discussões, os painéis contam com uma composição diversa e multissetorial, com especialistas dos setores Governamental, Empresarial, Terceiro Setor, e Comunidade Científica e Tecnológica - o que proporciona uma visão ampla e enriquecedora aos temas tratados. Nesta edição, abordaremos os temas de proteção à privacidade e aos dados pessoais relacionando-os com a vigência da LGPD, eleições, pandemia COVID-19, desinformação, segurança pública, open banking, a autoridade nacional de proteção de dados, dentre outros.
Além de renomados especiais para a composição dos painéis, convidamos como oradores principais (keynotes) desta edição: Colin J. Bennett, professor na University of Victoria (Canadá); Claire Wardle, diretora da First Draft News (EUA); Laura Schertel Mendes, professora na UnB e IDP (Brasil); e Eduardo Bertoni, diretor da Agência de Acesso à Informação Pública (Argentina).
HISTÓRICO
O Seminário sobre Privacidade e Proteção de Dados Pessoais ocorreu em setembro de 2010. Por ser o primeiro evento nessa temática, apresentaram-se os conceitos fundamentais da privacidade na Sociedade da Informação e os respectivos parâmetros legislativos internacionais.
Em março de 2011, o CGI.br e o Ministério da Justiça organizaram o Workshop sobre o Anteprojeto de Proteção dos Dados Pessoais, para promover a consulta pública sobre o texto do anteprojeto da primeira lei no Brasil sobre o assunto. O evento contou com ampla participação e resultou em contribuições ao anteprojeto.
A segunda edição do evento aconteceu em outubro de 2011, com o objetivo de apresentar um cenário da regulamentação brasileira e perspectivas internacionais nas questões de privacidade e liberdades públicas.
Iniciou-se, ainda, uma abordagem para aprofundar as discussões em áreas específicas de impacto no uso das novas tecnologias e na respectiva proteção de dados pessoais. Um exemplo foram as discussões sobre o campo da saúde, que recebeu boa aceitação do público presente.
Em 2012, a terceira edição focou os debates em áreas específicas que envolviam a temática da privacidade e o uso das novas tecnologias, privilegiando cenários concretos para as discussões, seguindo o retorno dos participantes para essa trilha no ano anterior.
O seminário de 2013 foi inevitavelmente influenciado pelo caso Snowden, trazendo questões relacionadas à segurança dos dados e à privacidade como um direito fundamental, dando destaque para a importância da proteção dos dados pessoais na investigação criminal e na constituição e preservação de bases de dados públicas e privadas.
O ano de 2014 apresentou as perspectivas e os desafios do direito ao esquecimento, tema que despertou controvérsias envolvendo a liberdade de expressão e acesso à informação, assim como as discussões acerca do anteprojeto de lei de proteção aos dados pessoais.
O seminário de 2015 foi muito influenciado pela segunda consulta pública do Anteprojeto de Lei de Proteção de Dados Pessoais, dando destaque para os temas mais comentados na plataforma lançada pelo Ministério da Justiça, tais como: conceito de dados pessoais e dados anônimos, consentimento, internet das coisas, criptografia e responsabilidade civil da cadeia de agentes do tratamento de dados pessoais.
O Seminário de 2016 apresentou perspectivas setoriais da proteção dos dados pessoais na economia do compartilhamento, na área de crédito e na Internet, essa última com ênfase no impacto regulatório do Decreto de Regulamentação do Marco Civil da Internet editado naquele ano. E, pela primeira vez, houve um debate sobre os projetos de uma lei geral de proteção de dados pessoais em trâmite no Congresso Nacional, levando-se em consideração que o Poder Executivo havia apresentado recentemente o Projeto de Lei no 5276/2016.
Em 2017, foram debatidos a garantia de direito dos cidadãos, o incentivo à inovação e a promoção de uma gestão pública eficiente, entre outros desafios cruciais relacionados ao uso dos dados pessoais. Pela primeira vez, houve um debate internacional multissetorial sobre os modelos de fiscalização e aplicação das leis de proteção de dados pessoais a partir das experiências mexicana, chilena e francesa.
Já em 2018 e 2019, o evento trouxe discussões sobre a legislação como instrumento impulsionador da economia digital, os impactos e implementação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGDP), além de questões ligadas aos direitos sobre a privacidade.
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